quarta-feira, 5 de abril de 2017

Caixa Econômica Federal espera crescimento do mercado imobiliário em 2017

Em janeiro e fevereiro, o banco estatal liberou R$ 14 bilhões em empréstimos para a compra e construção de imóveis.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou que os financiamentos concedidos pelo banco para a compra e a construção de imóveis no primeiro bimestre de 2017 no país já são maiores do que no mesmo período de 2016, reforçando as expectativas de que o mercado imobiliário voltará a crescer neste ano. Advertisment — Há expectativas da Caixa de crescimento do mercado imobiliário, mas há também dados que já mostram essa realidade — afirmou, nesta terça-feira, durante o Summit Imobiliário, evento organizado pelo grupo O Estado de S. Paulo em parceria com empresas e associações do setor da construção civil. Leia mais Brasil supera recessão e caminha para o crescimento, diz Temer No Senado, presidente do BC cita combate à inflação e flexibilização monetária Produção da indústria tem leve alta em fevereiro, aponta IBGE Em janeiro e fevereiro, o banco liberou R$ 14 bilhões de financiamento imobiliário. Para todo o ano, a Caixa tem um orçamento de R$ 84 bilhões em empréstimos nessa área, montante um pouco acima de 2016, quando atingiu R$ 81 bilhões. Occhi citou que a economia brasileira tem dados sinais de recuperação, com queda nas taxas de juros e recuo da inflação. Segundo o presidente da Caixa, há expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantenha um corte gradual da Selic nos próximos meses. Além disso, Occhi estima que a inflação siga em um patamar controlado, entre 4% e 4,5% ao ano até 2020. Ele ainda lembrou que nos próximos dias a Caixa irá liberar mais uma tranche de pagamentos das contas inativas do FGTS, o que, segundo ele, ajudará a injetar cerca de R$ 10 bilhões na economia brasileira. — Para nós, esse é um ano de confiança e de certeza de que invertemos a curva e vamos ter desenvolvimento do setor imobiliário novamente — completou. PDG Realty e Viver O presidente da Caixa Econômica Federal minimizou os riscos para os mercados imobiliários e financeiros com os processos de recuperação judicial no setor, como são os casos das incorporadoras PDG Realty e Viver, cujas dívidas em reestruturação ultrapassam R$ 7 bilhões. — A Caixa está muito pouco preocupada — afirmou o executivo. Segundo Occhi, o banco estatal tem mantido conversas constantes com as empresas para buscar as melhores condições para renegociação das dívidas, com alongamento dos prazos e revisões de taxas. Por conta disso, descartou que o setor como um todo possa acabar contaminado. — Estamos participando dessa negociação com eles, são clientes nossos e vamos participar até o final. Não tem risco sistêmico do setor. São casos pontuais e a recuperação judicial ajuda a fazer uma reestruturação da empresa e repactuação com todos os credores — explicou.

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